Meu Carrinho -

0.00 
0
Existem 0 item(s) no seu carrinho.
Subtotal: 0.00 
violência obstétrica

Violência Obstétrica, saiba o que é, e como evitar!

violência no parto, violência na gravidez, violência obstétrica

Violência Obstétrica, o que é, que tipos de violência existem e como evitar!

O termo violência obstétrica, pode parecer demasiado agressivo, mas quando se trata de um ser humano que se encontra no auge da sua fragilidade, nenhum nome é suficientemente agressivo, pois o mesmo se refere aos diversos tipos de agressão a mulheres gestantes, seja no pré-natal, no parto ou pós-parto, e no atendimento em casos de interrupção da gravidez.

Normalmente acontece quando os interesses do profissional de saúde ou da instituição são colocados acima dos direitos da paciente.

Há várias situações, como a cesariana sem indicação clínica. Por vezes existe uma violência psicológica por parte da equipa em que, em modo de ameaça disfarçada, diz que se a mulher ‘não colaborar’ ela e o filho vão morrer… E há uma linha muito tênue entre ser verdade ou não ser. Eventualmente, se a mulher se coloca contra um procedimento, ela realmente pode correr risco de vida, mas esse tipo de argumento costuma ser usado de maneira equivocada, como pressão.

 
Até mesmo a separação do bebê saudável e da mãe no pós-parto pode ser considerada uma forma de violência obstétrica. Assim como ter a entrada de um acompanhante barrada no trabalho de parto (isto sem contar com as regras por causa da Covid) ou não receber anestesia quando solicitada.

Sabemos bem o quanto difícil é reagir, quando se está na hora do parto, com dores e fragilizada, mas eventualmente há mulheres que conseguem ser firmes, mas são casos raros. Por isso é importante ter sempre um acompanhante no momento do parto. Uma pessoa ao lado da gestante já inibe alguns tipos de violência, só pelo fato de estar ali!
 

Tipos de Violência Obstétrica

O ato de violência obstétrica têm várias nuances e vários contextos, desde, fazer troça ou insultar, a fazerem cortes e intervenções no corpo da grávida desnecessariamente,  no fundo trata-se do desrespeito com a mulher!

VIOLÊNCIA POR NEGLIGÊNCIA:

Negar o atendimento ou impor dificuldades para que a gestante receba os serviços que são seus por direito, tanto no pré-natal como na hora do parto.
Ambas são bastante perigosas e desgastantes para a futura mãe. Também diz respeito a privação do direito da mulher em ter um acompanhante, o que é protegido por lei com a ultima atualização no decreto Lei n.º 110/2019.


VIOLÊNCIA FÍSICA:

Práticas e intervenções desnecessárias e violentas, sem o consentimento da mulher. Entre elas, estão a aplicação do soro com ocitocina, lavagem intestinal (além de dolorosa e constrangedora, aumenta o risco de infeções), privação da ingestão de líquidos e alimentos, exames de toque em excesso, rutura artificial da bolsa (esta prática teve um grave aumento na Pandemia nos hospitais privados), raspagem dos pelos pubianos, imposição de uma posição de parto que não é a escolhida pela mulher, não oferecer alívio para a dor, seja natural ou anestésico, episiotomia sem prescrição médica, “ponto do marido”, uso do fórceps sem indicação clínica, imobilização de braços ou pernas, manobra de Kristeller (o procedimento foi banido pela Organização Mundial de Saúde, em 2017).

A questão da cesariana também pode ser considerada uma prática de violência obstétrica, quando utilizada sem prescrição médica e sem consentimento da mulher. 

VIOLÊNCIA VERBAL:

Comentários constrangedores, ofensivos ou humilhantes à gestante.
Seja inferiorizando a mulher pela  nacionalidade, idade, escolaridade, religião, crença, orientação sexual, condição socioeconômica, número de filhos ou estado civil, seja por ridicularizar as escolhas da paciente para 0 seu parto, como a posição em que quer dar à luz.

VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA:

Toda ação verbal ou comportamental que cause na mulher sentimentos de inferioridade, vulnerabilidade, abandono, medo, instabilidade emocional e insegurança.

VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA EM CASOS DE ABORTO:

Embora seja muito aliada ao parto em si, as mulheres que sofreram um aborto também podem ser vítimas de violência obstétrica.
Isso pode acontecer de diversas maneiras: negação ou demora no atendimento, questionamento e acusação sobre a causa do aborto, procedimentos invasivos sem explicação, sem consentimento ou sem anestesia, culpabilização e denúncia da mulher.


Todos esses tipos de violência podem despoletar uma depressão pós-parto, no não desejo de uma próxima gestação, no medo do próximo parto e, até mesmo, no exercício da vida sexual da mulher.

Quem pode praticar violência obstétrica

Médicas (os) obstetra

Estes profissionais tem a responsabilidade de, através de suas linhas de tratamento, cuidar da mãe e do bebê. Ao desrespeitar a escolha da gestante, realizar medidas médicas desnecessárias ou agredir a mãe, seja verbal, psico ou fisicamente, o médico está a praticar violência obstétrica.

Enfermeiras (os) ou Técnicas (os) em enfermagem

Ao desrespeitarem as gestantes e as ofenderem, minimizarem a sua dor com por exemplo a famosa frase “na hora de fazer não se queixou ou não doeu”, ou não prestarem auxilio, estão a praticar violência obstétrica.

Anestesistas

Como profissional que cuida do controle da dor, o anestesista deve estar ciente das necessidades da gestante. Dar pouca anestesia e ignorar as queixas de dor da mulher são uma forma de violência obstétrica que marcam o parto negativamente.  

Rececionistas/Administração do hospital

A violência pode começar desde a chegada da gestante ao hospital, ao ser negado o atendimento ou a realização do parto ou a ser negado o direito da paciente de ter um acompanhante.

Como tentar evitar

Informação e comunicação são duas palavras-chave que evitam casos como esses na hora da chegada do bebê ao mundo. Além de ler, pesquisar e estar bem informada sobre o assunto, é importante que a mulher crie um plano de parto junto com seu obstetra. Trata-se de uma ferramenta que te ajudará e ao médico/a, a conversarem sobre os procedimentos que serão ou não realizados durante o nascimento do seu filho.

Se sofreu ou sofre de violência obstétrica peça ajuda à APDMGP! Contacte esta associação através do e-mail [email protected] ou +351 926 657 394.

Fonte: Crescer, DRE, APDMGP, wikipédia

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin

Notícias Relacionadas

Deixe o seu comentário