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Crianças sem preconceitos, como explicar!

Para criar crianças livres de preconceito importa explicar e falar abertamente sobre a diversidade. 

Mas como e quando devem os pais fazê-lo? 

Enquanto queremos que os nossos filhos entendam as coisas que nos unem enquanto seres humanos, é igualmente importante que eles entendam que características, linguagem e costumes são expressos de maneiras diferentes.

A idade da criança é um dos fatores mais importantes para se pensar em como iniciar uma discussão sobre qualquer assunto que trate de preconceito, discriminação ou mais simplesmente, das coisas que diferenciam as pessoas.

A coisa mais importante a ter em mente é que nunca é cedo ou tarde demais para falar com as crianças sobre a diversidade.

0 - 2 anos:

Durante os anos pré-escolares, as crianças começam a perceber aspectos físicos da identidade.

Por volta dos 2 anos, as crianças tornam-se cada vez mais conscientes do gênero.

Segue-se a curiosidade sobre a cor da pele, cor e textura do cabelo, formato e cor dos olhos e outros atributos físicos.

A conscientização das deficiências tende a vir mais tarde; no entanto, algumas crianças começam a notar deficiências mais óbvias, como uma pessoa que usa uma cadeira de rodas.

2 - 3 anos

Geralmente entre as idades de 2 e 3 anos, as crianças começam a perceber os aspectos culturais da influência de gênero.

Por exemplo, eles podem notar que as meninas tendem a brincar com bonecas enquanto os meninos brincam com caminhões.

Eles também podem começar a reconhecer diferenças étnicas, percebendo que as crianças comem alimentos diferentes e comemoram feriados diferentes ou, inversamente, não comemoram ou reconhecem certos feriados.

À medida que começam a notar diferenças, as crianças de 2 anos podem mostrar sinais de “pré-preconceito” – podem agir com medo ou ficarem desconfortáveis.

Mesmo sem utilizarem um vocabulário para expressar as suas preocupações, eles podem evitar ou ignorar uma criança que percebem ser diferente.

3 - 4 anos:

As crianças de três e quatro anos começam a expandir as suas observações relativamente às diferenças e a querer explicações para essas diferenças.

Eles mostram uma maior consciência da sua própria aparência e da aparência dos outros.

Eles fazem perguntas sobre onde conseguiram a sua própria cor de pele, cabelo e olhos, ou por que certos grupos de pessoas são chamados de nomes que refletem cores diferentes do que são.

Não é incomum que eles façam perguntas como: “Serei sempre desta cor ou mudará conforme eu crescer? Por que é que o meu melhor amigo não tem a mesma cor de pele que eu? Por que é que o pai tem cabelos castanhos e Eu tenho cabelo preto?”, etc..

5 anos:

As crianças de cinco anos começam a construir uma identidade étnica de grupo, bem como uma identidade individual.

Eles podem explorar mais plenamente a gama de diferenças dentro e entre grupos raciais e étnicos, bem como a gama de semelhanças entre os grupos.

Elas agora podem começar a entender as explicações científicas para as diferenças na cor da pele, textura do cabelo e formato dos olhos.

Aceitam o uso de categorias e procuram saber onde elas próprias se encaixam.

É essencial manter esses estágios de desenvolvimento em mente ao abordar questões de diversidade com as creches e escolas.

O que está no ambiente de uma criança (assim como o que está ausente) fornece às crianças informações importantes sobre quem e o que é importante.

Portanto, todo esforço deve ser feito para criar um cenário rico em possibilidades de exploração da diversidade cultural.

Considere decorar o seu quarto com objetos feitos de uma variedade de materiais.

Toque músicas com palavras de diferentes idiomas e tente apresentar jogos de todo o mundo.

Mostre-lhe algumas das várias tradições culturais.

Contar histórias é uma forma eficaz de apresentar ás crianças as outras culturas.

Aqui estão sete dicas para ajudar os pais na preparação para as conversas difíceis e iniciar discussões, usando livros ilustrados, atividades e fazendo perguntas aos vossos filhos.

1 – Pratique o que vai dizer antes de dizer.

Uma grande luta que temos quando se trata de abordar por exemplo, a xenofobia, o racismo, a homossexualidade, a diversidade parental, as etnias, etc., com os nossos filhos é que as conversas sobre essas diversidades também podem trazer medo, incerteza e desconforto para alguns pais. 

Ligar para um amigo, outro pai da escola ou um membro da família para praticar, ajudará a se sentir confortável com o que vai querer dizer, assim como fazer uma boa pesquisa na net, sobre o assunto em questão, também irá dar-lhe o vocabulário correto para as perguntas do seu filho.

Tente imaginar perguntas que o seu filho possa fazer e esteja pronto para responder a essas perguntas também.

 

2 – Esteja ciente dos seus próprios preconceitos.

Na verdade, as crianças prestam atenção é no comportamento dos adultos. “O preconceito dos Adultos de hoje será o preconceito dos filhos de amanhã”

Você até pode falar inúmeras vezes com o seu filho, mas se se comportar de uma maneira que demonstre que tem medo de pessoas de cor, ou sente estranheza de pessoas com deficiências, ou estilos de vida diferentes da sua, as crianças percebem isso.

Eles sentem e entendem a sua linguagem corporal, e ouvem tudo o que é dito ao seu redor.

 

3 – Use livros ilustrados.

Observe o que o seu filho possa estar a aprender sobre raça e diversidade com as suas histórias favoritas.

Se todos os personagens de um livro parecem iguais, pergunte-lhe o que ele acha sobre isso.

Se os personagens forem diversos, pergunte algo como “qual a personagem que gostavas de ser amigo?”  Provavelmente irá ficar surpreso com algumas respostas.

O objetivo é entender o que o seu filho já sabe ou não, sobre diversidade.

Então assim já pode ajudar o seu filho a aprender, fazendo mais perguntas e prepará-lo para mais conversas no futuro.

 

4 – Pergunte ao seu filho como ele se sente – diretamente.

Parece tão simples, mas é um passo importante quando as crianças tomam conhecimento de qualquer tipo de má notícia.

As crianças nem sempre sabem como dizer aos pais ou às pessoas próximas que estão preocupadas com alguma coisa.

Você conhece o seu filho melhor que ninguém, então fique atente às suas emoções e, em seguida, considere perguntar se há algo com o qual ele está preocupado ou com medo.

Se o seu filho está preocupado em ser ferido, você pode explicar como irá protegê-lo.

E se eles estiverem preocupados com o fato de você ser prejudicado, informe-os sobre as medidas que você tomará para se manter seguro. 

Ás vezes só é preciso ser honesto com as crianças e dizer que fará tudo o que puder para ficar longe do mal.

Se o seu filho assistir na tv a uma manifestação anti-racismo ou anti-homofobia, por exemplo, pode explicar-lhe a razão pela qual tantas pessoas estão a protestar e que serve para tornar mães, pais, irmãos e irmãs mais seguros.

 

5 – Explique “Por que a descriminação continua a existir?” com uma atividade.

Pegue num fio/lã/linha e peça ao seu filho para enrolar as próprias mãos  em todas as direções e de qualquer maneira, até ficarem amarradas e embrenhadas em fio.

Então, explique sobre o fato de que o racismo, a opressão e a discriminação vêm se formando há muito muito tempo. E é realmente uma situação “emaranhada e em camadas”, assim como ficaram as suas mãos.

Faça o perceber quanto tempo irá demorar para desembaraçar a linha das usas mãos, assim como levará o mundo a desembaraçar o racismo, a homofobia, etc. (“Mesmo que se desfaça um nó, sobrará mais, e este será sempre um trabalho continuo.”)

 

6 – Incutir confiança nas crianças  através de histórias.

Uma das coisas mais importantes que os pais podem fazer é garantir que as crianças negras ouçam de si e de outras pessoas que o amam, que a sua pele, cabelo e traços faciais são bonitos. Isso pode ajudar a construir confiança na aparência deles.

Então, você pode apoiar essa confiança com livros de histórias.  

Tenha em casa livros, revistas, fotos e artefatos culturais que apresentam pessoas negras, famílias diversificadas, figuras com deficiências motoras, etc… Esta convivência com o conhecimento desde cedo, leva a uma melhor habilidade na resolução de problemas, melhor comportamento escolar e uma maior capacidade de relembrar os fatos e informações que viu nos livros.

Livros infantis que educam para a diversidade:

Leo e o Polvo (De Isabelle Marinov e Chris Nixon)
Colecção Superpoderes (De Tracy Packiam Alloway)
Não faz mal ser diferente (De Todd Parr)
Menino, Menina (De Joana Estrela)
O Sol desapareceu. Será que foi roubado? (De Paula Cardoso)
O Livro da Família (De Todd Parr)
Todos Fazemos Tudo (De Madalena Matoso)
O Casamento do Meu Tio (De Sarah S. Brannen)
Vamos Falar de: Famílias (De Kathy Gordon)
Os cinco mais feiosos (De Julia Donaldson e Axel Scheffler)
Um dia na vida de Marlon Bundo (De Jill Twiss e E. G. Keller)
Se eu fosse um gato (De Paloma Sánchez Ibarzábal e Anna Llenas)

 

7 – Ajude as crianças a começar a entender como ser um aliado.

Com crianças em idade escolar, pode começar a ter conversas sobre defender os seus amigos e colegas de turma.

Pergunte ao seu filho o que ele faria se visse as personagens do livro preferido dele a serem ridicularizados, xingados ou intimidados por outras.

No fim, peça lhe para escrever uma frase ou fazer um desenho sobre como ele pode ser um aliado e de quem ele pode ser um aliado.

Este exercício pode ser um bom passo para as crianças pensarem sobre o que podem fazer nestas situações, mesmo quando acham ou sentem que não têm grande poder para defender alguém.

“Eu quero que os meus filhos vivam num ambiente livre de preconceitos…e você?”

O preconceito gera filhos cegos.

Francis Iacona

O preconceito é o filho da ignorancia.

William Hazlitt

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